Saudações cordiais a todos!

Hoje resolvi desempoeirar meu cérebro. Comecei o dia livrando-me de coisas que não me traziam nada de bom. Recordações que não tinham motivos para continuar existindo. Não houve nenhuma catartase ao fazer isso, nem satisfação ou alívio, tãopouco arrependimento ou dúvidas. Era parte de um passado que nada mais representava, e que agora, o fogo consumiu. Estou buscando mudanças pessoais, e pra isso é necessário movimento.

E por falar em movimento, presenciei uma cena deveras pitoresca, dantesca até. É de conhecimento geral que o trânsito em SP é um caos. Disso ninguém duvida. O povo se estressa mesmo, e com qualquer coisa. Agora, nunca pensei que veria esse tipo de coisa dentro de um shopping. E não, eu não estou falando do estacionamento do mesmo, quando digo dentro, é DENTRO mesmo.

Estava eu e minha amada a caminhar no Shopping Iguatemi (onde as pessoas parecem estar no Fashion Week), quando me deparo com um daqueles carrinhos elétricos, reservado para idosos e deficientes físicos. Havia uma senhorinha sentada no mesmo, cabelo de algodão e tudo mais, indo reto toda vida. Não muito atrás, em um outro carrinho semelhante, outra mulher, deveras obesa, estava a manobrar o seu veículo, a fim de retornar ao mesmo corredor onde a senhorinha estava. Até aí tudo bem, se não fosse o fato de que, ao voltar ao corredor, a obesa emparelhou o carro atrás da velhinha e ergueu furiosamente o dedo médio pra mesma! Não que a velhinha tivesse visto, mas em verdade vos digo, taí uma coisa que eu nunca pensei que veria. Agora, o que motivou a obesa a chegar a isso eu não faço idéia, mas fiquei imaginando se ela ia jogar o carrinho da velhinha na próxima escada que tivesse.

Anyway, esse foi o ponto alto na escala de bizarrice nos últimos dias.

Sem mais delongas, despeço-me!

Tendo a Lua - Paralamas do Sucesso

Eu hoje joguei tanta coisa fora
Eu vi o meu passado passar por mim
Cartas e fotografias gente que foi embora.
A casa fica bem melhor assim

O céu de Ícaro tem mais poesia que o de Galileu
E lendo teus bilhetes, eu penso no que fiz
Querendo ver o mais distante e sem saber voar
Desprezando as asas que você me deu

Tendo a lua aquela gravidade aonde o homem flutua
Merecia a visita não de militares,
Mas de bailarinos
E de você e eu.

Eu hoje joguei tanta coisa fora
E lendo teus bilhetes, eu penso no que fiz
Cartas e fotografias gente que foi embora.
A casa fica bem melhor assim

Tendo a lua aquela gravidade aonde o homem flutua
Merecia a visita não de militares,
Mas de bailarinos
E de você e eu.

Tendo a lua aquela gravidade aonde o homem flutua
Merecia a visita não de militares,
Mas de bailarinos
E de você e eu.


Carpe Diem